A nova tendência do e-commerce brasileiro é o Cross Border, que consiste na compra ou venda online de produtos direto de outros países.  Antes da pandemia, parte dos consumidores desconfiava de compras feitas pela Internet, pois os produtos demoravam para chegar e existia receio de pagar impostos.

Contudo, a profissionalização dos mercados de logística e marketing digital, além da digitalização dos consumidores nos últimos dois anos, alavancaram o crescimento das vendas online.

Segundo dados do Webshoppers 44 da Ebit|Nielsen, o volume de vendas de produtos comprados por brasileiros no cross border está estimado em R$ 9,6 bilhões de reais  no primeiro semestre de 2021, um crescimento de 15% na quantidade de pedidos se comparado ao semestre anterior. Em 2020, o volume total de vendas estrangeiras por aqui passou dos R$ 22,7 bilhões.

Os números mostram a confiança que os consumidores passaram a ter em comprar produtos fora do país. A redução no tempo da entrega e a qualidade dos produtos, além dos preços mais baixos do que os comercializados no Brasil, são os principais incentivos para fazer compras online de outros países.

Essa disparidade entre os preços de produtos adquiridos no Brasil e no exterior tem impactado as vendas locais. O Brasil ainda sofre com os custos de comercialização de produtos, devido à  alta tributação que possuímos no país. Muitos empreendedores já perceberam que vender fora pode ser mais vantajoso e com margens de lucro maiores.

 

Países que mais se beneficiam do Cross Border

De acordo com dados da “Seizing the Cross-Border Opportunity” realizada pela Forrester, 82% dos consumidores de todo o mundo já compraram em sites de outros países. E, nesse cenário de aceleração de compras internacionais, a América Latina é uma das líderes, com 83% da população relatando já ter feito compras internacionais. Por outro lado, a China está disparada na liderança entre os países que mais vendem. Os mercados que mais compram online de outros países são o norte-americano, seguido pela europeu e pelo chinês.

E se está difícil concorrer com os chineses aqui no Brasil, nos EUA pode estar mais fácil. Depois que o governo americano sobretaxou os produtos chineses em 25%, as empresas brasileiras passaram a ter melhores condições de se tornarem competitivas. O fato de o real estar desvalorizado frente ao dólar aumenta a competitividade de preço e ganha força no mercado americano. Pode ser possível vender por quase o dobro do preço um produto nos EUA.

Especialistas afirmam que os empreendedores não conseguem internacionalizar seus produtos. Muitas vezes, por falta de conhecimento das leis regulatórias, crença na complexidade dos processos e que os altos impostos e a alta do dólar podem inviabilizar a internacionalização de seus produtos.

  

Confira 8 pontos principais para levar em consideração para iniciar o Cross Border:

1. Análise de mercado

Analisar o mercado alvo e entender se de fato existe uma demanda para seus produtos no país é o primeiro passo a ser analisado antes de se arriscar em territórios internacionais.

2. Custos de Exportação

Para exportar produtos, recomenda-se verificar o custo de frete internacional, para que não fiquem mais caros que o produto em si, e saber quais regras se aplicam no país de destino.

3. Recursos Multilínguas

Além do idioma, é preciso assegurar a grafia de palavras e frases observando diferenças regionais e culturais dos países. Etiquetas ou manuais de uso devem ser traduzidos para o idioma local para facilitar a venda dos produtos.

4. Logística Reversa

Se já é custoso hoje fazer uma logística reversa dentro do Brasil, imagine esta operação realizada de outros países. A escolha de um produto que não gere tanta logística reversa pode ser fundamental neste negócio, pois, invariavelmente, chegará a conclusão de que é melhor perder um produto do que importá-lo de volta em uma operação internacional.

5. Plataformas

A escolha da plataforma certa para montar seu e-commerce é essencial caso deseje internacionalizar sua marca. Muitas vezes, plataformas locais podem não atender o mercado internacional em termo de tecnologia, SEO e integrações.

6. Conversão automática do câmbio

Os produtos devem ter o custo em diferentes moedas para se calcular o preço do insumo em seu país de origem. Por isso, o pagamento deve ser feito em plataformas que aceitem transações internacionais com venda de moedas diferentes e a nota fiscal deve conter o valor com o custo da cotação da moeda no dia da compra.

7. Meios de pagamento

Não são todos os meios de pagamentos que aceitam moedas internacionais. Então, atente-se na hora de escolher seu fornecedor de pagamentos, para que não tenha surpresas na hora de vender seus produtos em outras moedas.

8. Identificar marketplaces ideais para se relacionar

Identificar quais marketplaces têm relação com o seu produto para hospedar sua loja virtual pode ser uma ação estratégica certeira para alavancar suas vendas no mercado global.

  

De que forma começar o Cross Border

Começar o Cross Border demanda análise e planejamento estratégico. Além de identificar as melhores categorias de produtos e o melhor país para suas vendas, é necessário ter um plano de internacionalização da marca.

Uma das empresas que prestam esse tipo de serviço é a Social Digital Commerce, com mais de 20 anos de experiência no setor. Isto é, a companhia funciona como um integrador, fazendo todo o meio de campo da operação Cross Border.

O Full Comex garante a cobertura de ponta a ponta, desde a criação do projeto, passando pela adaptação do processo de comunicação da marca e dos produtos.

O ponto de partida das vendas sai direto do armazém da empresa em Miami. Dessa forma, é possível obter uma redução de 35% do valor do frete, além de ganhar tempo e agilidade na entrega do produto.

A Social Digital Commerce possui profissionais com experiência e vivência empresarial que podem oferecer ampla variedade de serviços tributários, além de prestar uma consultoria na avaliação dos riscos e benefícios envolvidos nessa comercialização.

Quais categorias valem a pena vender no mercado internacional?

As categorias de produtos que estão em alta para venda via cross border são: brinquedos, cosméticos, joias, relógios, arte e beleza.

Roupas e calçados também são uma das categorias mais vendáveis. Por outro lado, eletrônicos e informática não são recomendados, pois, como a Ásia já abastece os grandes continentes, não faria sentido para o Brasil revender esses produtos, já que chegam aqui com um valor alto de importação.

Hoje trouxemos dicas e possibilidades para você internacionalizar sua marca. Esse é o momento ideal, pois, com a valorização do dólar, o Brasil se torna muito competitivo para as exportações.

Ficou alguma dúvida? Fale conosco! Deixe aqui o seu comentário que falamos com você.